segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Combate à corrupção e o acesso às informações



Relatório de pesquisa divulgado pela CGU apresenta percepção dos servidores públicos sobre a relação Estado-sociedade

Na última sexta-feira dia 9 de dezembro, foi comemorado o Dia Internacional contra a Corrupção, em referência à assinatura da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção por diversos países na mesma data do ano de 2003, na cidade de Mérida, no México.

Na oportunidade, a Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou, resumo do resultado da pesquisa “Diagnóstico sobre valores, conhecimento e cultura de acesso à informação pública no Poder Executivo Federal Brasileiro”, coordenada pelo antropólogo Roberto DaMatta. O objetivo da pesquisa é avaliar a percepção de servidores públicos sobre o tema e os desafios a serem enfrentados para a efetivação da Lei de Acesso à Informação Pública (nº 12.527, que entra em vigor 180 dias após sua publicação, em 18/11/2011). A pesquisa foi divulgada durante evento comemorativo promovido pela CGU.


Transparência: desafio para as agências reguladoras

Pode-se dizer que hoje as agências reguladoras ainda se encontram numa tênue linha entre a transparência e controle de seus atos, por um lado, e a tendência ao movimento insular de suas burocracias especializadas, por outro.

A transparência das ações torna-se fundamental se se considera que a função primordial das agências reguladoras é a de mitigar o risco regulatório estatal por meio da manutenção da previsibilidade das regras de regulação e da estabilidade do segmento do mercado, estimulando os investimentos e garantindo a segurança, o acesso e a qualidade dos produtos aos cidadãos-consumidores.

A transparência pode ser entendida como o compromisso do Estado de fornecer informação sistemática aos governados. Este compromisso deve se traduzir na explicitação a todos os cidadãos do que o governo faz, que meios utiliza para fazer, de que forma faz e, sobretudo, por que toma certas decisões num conjunto de outras alternativas possíveis.

Assim, a transparência e a responsabilização (accountability) devem se constituir como objetivos e, ao mesmo tempo, meios pelos quais se assegura o êxito das políticas regulatórias.

A mitigação do chamado risco regulatório poderia ser alcançada por meio da ampliação concomitante da independência, da prestação de contas e da transparência das agências. Tais mecanismos reduzem as incertezas do público e funcionam como mecanismo de controle da captura dos agentes reguladores.

Um resultado esperado é o reconhecimento da autoridade reguladora como confiável e ética. Assim, as agências poderão se tornar merecedoras do crédito da população e dos agentes de mercado, regulados pelo Estado.

Quanto mais clara e consistente for a definição da política regulatória pelos governos, maior a chance de que as agências reguladoras possam ser efetivamente responsabilizadas pelo poder político e pelos cidadãos. Isso terminará por aumentar a transparência e a credibilidade do sistema regulatório e do governo junto à sociedade, retroalimentando a política regulatória e ampliando sua eficiência.

Leia mais:
Artigo "Linha tênue", de Pedro Ivo Sebba Ramalho, publico no jornal O Globo (22/06/2010)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Plano Brasil Maior: ABDI lança Guia de Desenvolvimento Industrial

25.10.2011

Guia online oferecerá informações sobre instrumentos de desenvolvimento industrial




Empresários interessados em informações sobre linhas de financiamento, apoio técnico, incentivos à inovação e à exportação, defesa comercial e incentivos e desonerações contam com uma nova ferramenta de busca online, simples e gratuita – o Guia de Instrumentos de Apoio ao Desenvolvimento Industrial.

Criado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Guia é uma ferramenta de consulta que leva em conta as características de cada empresa e está em fase experimental. Ele será lançado oficialmente durante o 6º Encontro Nacional da Indústria (6º ENAI), em São Paulo, nos dias 26 e 27 de outubro de 2011.

“O Guia reúne os instrumentos de desenvolvimento industrial de vários órgãos e instituições públicas para estimular a inovação e a competitividade da indústria nacional, foco do Plano Brasil Maior. Será uma ferramenta de consulta muito útil para empresários e representantes de empresas, já que o resultado é oferecido de acordo com o perfil selecionado. A grande inovação do guia eletrônico é remeter a busca ao link específico do instrumento, e não a um documento estático ou ao site institucional geral. Isso possibilita ganho de tempo, eficiência e atualização na busca dos mecanismos que atendam as demandas dos empresários”, explica o presidente da ABDI, Mauro Borges Lemos.

Entre os instrumentos disponíveis estão linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como o Pro-P&G, o Profarma, o Prosoft, o Pro-Aeronáutica e o Proplástico, além de instrumentos de apoio à inovação oferecidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), como o Programa Inovar, o Juro Zero e o Inova Brasil, entre outros.

As formas de acesso ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que será extendido até 2012, com a inclusão de novos setores e programas e o novo Fundo de Financiamento para Exportação (Proex Financiamento), também podem ser acessadas por meio do Guia.
Os resultados das consultas do site direcionam para mecanismos oferecidos em âmbito federal, regional e estadual e podem ser visualizados de forma interativa e prática. Após informar a localização da empresa, setor de atividade, porte do negócio e demanda específica, serão apresentados os benefícios mais adequados e o órgão responsável pelo instrumento.

Para conhecer o site, acesse: http://guia.abdi.com.br/

Plano Brasil Maior
Os instrumentos do Guia contemplam medidas do Plano Brasil Maior, a nova política industrial brasileira que envolve a participação de vários ministérios e órgãos do governo federal. Essas iniciativas e programas resultam em um esforço integrado e abrangente para o desenvolvimento sustentável, a ampliação de mercados, o adensamento produtivo e tecnológico das cadeias de valor e a criação e o fortalecimento de competências críticas nas empresas industriais brasileiras.

» Lançamento do Guia de Instrumentos de Apoio ao Desenvolvimento Industrial
Dia: 26/10
Local: 6º Encontro Nacional da Indústria (6º ENAI)
Endereço: Transamérica Expo Center. Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387, Santo Amaro, São Paulo (SP)


Fonte: Assessoria de Comunicação Social ABDI

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Publicada decisão sobre inibidores de apetite



Anfetaminas sairão do mercado em 60 dias



Está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (10/10) a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe a venda de medicamentos a base de anfepramona, femproporex e mazindol no Brasil. Conforme a Resolução RDC 52/2011 da Agência, esses medicamentos serão retirados do mercado nacional em 60 dias.

A norma da Anvisa também apresenta novas restrições para medicamentos a base de sibutramina.  Entre as novidades, está a obrigatoriedade dos profissionais de saúde, empresas detentoras de registro e farmácias e drogarias de notificarem, obrigatoriamente, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária sobre casos de efeitos adversos relacionados ao uso de medicamentos que contém sibutramina.

Além disso, no momento da prescrição, os profissionais de saúde e pacientes deverão assinar um termo de responsabilidade. Esse termo aponta os casos em que o uso desse medicamento é contra-indicado e os riscos aos quais os pacientes que utilizarão medicamentos a base de sibutramina estarão submetidos.

O termo de responsabilidade será preenchido em três vias. Uma via ficará arquivada no prontuário do paciente, uma via será arquivada na farmácia ou drogaria dispensadora  e a outra ficará mantida com o paciente.

Além disso, as empresas que possuem registro de medicamentos à base de sibutramina terão 60 dias para encaminharem à Anvisa um plano de farmacovigilância  para minimização de riscos  de uso do medicamento.  Com base nesse plano, a Anvisa reavaliará, em 12 meses, a segurança de uso dos medicamentos a base de sibutramina.

Confira aqui a íntegra da Resolução RDC 52/2011 da Anvisa.

Saiba mais:
Anvisa mantém registro de sibutramina e cancela anfetamínicos


Fonte: Danilo Molina – Imprensa/Anvisa

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Do Valor: TCU quer mais accountability nas agências




Segundo o jornal Valor Econômico, recente relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) indica a necessidade de maior transparência e controle das agências reguladoras. O documento avaliou o funcionamento das agências da área de infraestrutura. São exemplos que propostas e recomendações trazidas pela corte: maior quarentena para ex-dirigentes de agências reguladoras; padronização de regras para consultas e audiências públicas; e critérios de indicação de diretores que impeçam a vacância nos cargos dos conselhos diretores que ainda não foram preenchidos pela Presidência da República, após aprovação no Senado.

O TCU também propõe, de acordo com o Valor, que cada agência se torne um órgão orçamentário, aumentando sua autonomia em relação aos ministérios setoriais a que estão vinculadas.

Essas e outras importantes mudanças no arranjo institucional das agências estão presentes na proposta de substitutivo ao PL 3337/2004, preparada pelo então relator dep. Ricardo Barros. O projeto de lei do Executivo pretende criar uma lei geral para as dez agências reguladoras federais hoje existentes na esfera federal. O PL já passou por extensa discussão, tendo recebido e acolhido sugestões das próprias agências. A agenda regulatória e os estudos de análise do impacto regulatório também já fazem parte do projeto de lei.


Leia:
Jornal: Valor Econômico, 5/9/2011

Leia mais:

Resumo: aborda o tema do arranjo institucional brasileiro adotado para as agências reguladoras, o qual está em fase de aperfeiçoamento, devendo sofrer ajustes estruturais no próximo período para dar conta das demandas sociais por regulação pelo Estado no País.
Revista: FGV, outubro de 2010
Autor: Joaquim Falcão

·  Artigo: “Linha tênue
Resumo: discute a relação entre transparência e insulamento burocrático nas agências reguladoras brasileiras.
Jornal: O Globo, 22/6/2010
Autor: Pedro Ivo Sebba Ramalho

Resumo: discute a proposta de implantação da análise de impacto regulatório (AIR) pelas agências reguladoras brasileiras a partir da experiência internacional.
Jornal: Valor Econômico, 19/03/2010
Autor: Pedro Ivo Sebba Ramalho

Resumo: analisa como as agências têm utilizado os instrumentos e mecanismos de transparência e accountability para acolher e processar diversos interesses do processo regulatório, promover a estabilidade das regras do jogo e reforçar a sua legitimidade no ambiente político e social em que elas estão inseridas.
Revista: Revista do Serviço Público (RSP), v. 60, nº 4, out/dez 2009, p. 337-64.
Autor: Pedro Ivo Sebba Ramalho

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Do Estadão: artigo debate papel da Saúde no combate ao crack





30/8/2011

Crack: solução é acolher e reconstruir vidas
Alexandre Padilha e Roberto Tykanori*


No início dos anos 1980, quando os primeiros casos de HIV foram registrados no País, a comunidade médica e as estruturas de saúde desconheciam a forma mais eficaz de tratar os pacientes, cujo número crescia em progressão geométrica. O dedo foi posto na ferida. Assim, apesar de todos os avanços ainda necessários, demos passos para começar a enfrentar essa epidemia mundial.

Hoje é mais do que evidente que o abuso e a dependência de drogas no Brasil - em especial do álcool e do crack - se transformaram numa nova chaga social. As vítimas acumulam-se, com graves repercussões na ocupação do espaço urbano, na exclusão econômica e social, na rede de saúde e na vida das famílias. Dados de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo evidenciaram a complexidade que é tratar esses pacientes. Durante 12 anos acompanharam 107 dependentes do crack. Após esse período, 32,8% estavam abstinentes, 20,6% haviam morrido (a maioria, pela violência), 10% encontravam-se presos, 16,8% continuavam usando crack e cerca de 20% estavam desaparecidos, num destino incerto para quem esbarra em algum momento da vida com essa realidade.

A dependência, inclusive do crack, reúne situações sociais muito diversas: desde recursos para suportar a exclusão até estratégias para se sentir incluído. Nas estatísticas estão crianças na rua que se iniciaram nas drogas para suportar a fome e o frio, os trabalhadores rurais que acreditam que a pedra lhes pode fazer suportar toneladas a mais de cana-de-açúcar, profissionais liberais pressionados pelo desempenho no trabalho e jovens que querem alcançar, cada vez mais rapidamente, a inserção na turma. Para todos é crucial construir novos projetos e redescobrir sentido para a vida.

As raízes do problema são externas ao campo da saúde pública, mas sabemos que a rede de ambulatórios, de hospitais e de profissionais pode interferir no curso da dependência. Estamos convencidos de que uma abordagem bem-sucedida está relacionada a uma reestruturação do Sistema Único de Saúde (SUS) que possibilite aos Estados, aos municípios, à sociedade civil atuar em conjunto com o Ministério da Saúde, de forma articulada, no enfrentamento do crack e de outras drogas. O SUS, pela sua capilaridade e pelo seu compromisso com a defesa da vida, deve estar mais presente junto aos indivíduos, grupos e no ambiente social onde se inicia ou se perpetua a dependência de drogas.

Para uma ação eficaz é preciso distinguir o que precisa ser distinto: por um lado, reprimir e criminalizar, de forma vigorosa, o tráfico de drogas e o contrabando; por outro, acolher de forma humanizada e possibilitar o acesso dos usuários às diversas terapias, salvando vidas e evitando mortes precoces. Uma resposta da área de saúde poderá prevenir sofrimento pessoal, conflitos familiares, violência e acidentes urbanos.

Somente com a estruturação de uma rede de serviços que ofereça abordagens diferentes para diferentes indivíduos é que será possível aumentar as chances dos dependentes de reconquistarem sua vida e de a sociedade ganhar de volta seus cidadãos. Para ter sucesso o tratamento deve considerar e se adequar a necessidades distintas. Qualquer proposta que se paute em apenas uma forma de ação ou um tipo de serviço está fadada ao fracasso. Ou seja, não pode ser só ambulatorial, nem somente clínicas de internação ou apenas espaços de internação prolongada.

Por isso o Ministério da Saúde propôs uma parceria à sociedade com Estados e municípios para uma nova rede de serviços. Num mesmo território serão ofertados unidades básicas/Programas de Saúde da Família, consultórios volantes para abordagem e cuidado das pessoas em situação de rua, enfermarias especializadas em pacientes dependentes de álcool e drogas, unidades de acolhimento para pessoas que necessitem de internação prolongada, parcerias com entidades do terceiro setor e com comunidades terapêuticas. Além disso, vai capacitar os serviços de urgência e emergência como portas de entrada possíveis. E também ampliar para 24 horas o funcionamento dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas.

O tema é polêmico, mas não nos devemos paralisar diante de dúvidas. Toda iniciativa que se paute pelo respeito aos direitos individuais e pela proteção à vida deve ser defendida, até mesmo com o recurso à internação involuntária, na forma da lei. Mas nem ela - muito menos o uso da força - pode ser o centro da estruturação dos serviços de saúde e da estratégia de saúde. Nesse sentido, saudamos o recente protocolo organizado pelo Conselho Federal de Medicina, que apresenta uma abordagem contemporânea e equilibrada do tema.

A qualificação profissional e o uso de tratamentos bem estruturados são fundamentais, mas uma abordagem multissetorial será decisiva para o sucesso desta empreitada. Nós, profissionais de saúde, precisamos estar cada vez mais preparados para proporcionar os cuidados necessários, porém sabemos que é imprescindível o envolvimento da sociedade e de outras políticas públicas - como educação, qualificação profissional, moradia, esportes e convívio comunitário - para produzir resultados duradouros.

Essa não é uma tarefa nova. Ao longo dos seus 22 anos, o SUS enfrentou vários desafios que também exigiram abordagem multissetorial. E mostrou-se capaz de enfrentá-los quando uniu a capacidade de quem sofre e agregou quem estava disposto a se mobilizar.

Este é o desafio: criar uma grande frente de saúde pública, comprometida com o tratamento, a recuperação e a reinserção dos milhares de crianças, jovens e adultos machucados pelo crack e outras drogas. Estamos prontos para pôr o dedo nessa ferida e começar a cicatrizá-la. Dessa forma estaremos cumprindo nossa missão.

*RESPECTIVAMENTE, MINISTRO DA SAÚDE E COORDENADOR DE SAÚDE MENTAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Combate ao Crack: Anvisa publica RDC 29/2011

Anvisa publica resolução sobre instituições comunitárias de recuperação de dependentes

A nova Resolução da Anvisa define requisitos sanitários para o funcionamento das instituições que prestam serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas.



Foi publicada hoje (1º/7) no DOU a Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa - RDC nº 29/2011, que revoga e substitui a RDC nº 101/2001, sobre comunidades terapêuticas, instituições da sociedade civil que prestam relevante serviço para a mitigação da vulnerabilidade social de usuários e dependentes de drogas - hoje, especialmente o Crack.

A revisão da regulação da vigilância sanitária sobre o tema atende ao que aponta a nova política de enfrentamento do Crack e outras drogas, do Governo Federal.

Como a nova medida, espera-se que esse trabalho de recuperação seja feito de forma cada vez mais qualificada, tendo em vista, inclusive, os vindouros aportes de recursos financeiros do Governo Federal para a estruturação e o desenvolvimento de projetos de promoção da saúde, hábitos de vida saudáveis, terapia ocupacional, formação, geração de renda e inserção social.

Além disso, temos a perspectiva de maior aproximação dessas instituições, que funcionam como equipamentos sociais da comunidade, aos estabelecimentos e estratégias de prestação de serviços da rede assistencial de saúde, seja pública ou privada.

É importante destacar e agradecer o esforço coletivo que, em tempo mais que recorde, proporcionou a iniciativa, a elaboração, a interlocução e participação de interessados, os ajustes e a aprovação da resolução pela Diretoria Colegiada da Anvisa.

O esforço coordenado no Executivo envolveu a permanente interlocução e forte cooperação entre a Anvisa (em especial a área técnica Gerência-Geral de Serviços de serviços de saúde - GGTES), o Ministério da Saúde (representado pela Secretaria Executiva e Área Técnica de Saúde Mental da Secretaria de Atenção à Saúde - SAS), o Ministério da Justiça (por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – Senad), e a Casa Civil da Presidência da República (com a participação das Subchefias e Secretaria Executiva).




Anvisa integrou em junho a comitiva de 29 parlamentares da Comissão Especial de Políticas sobre Drogas em visita ao estado de Alagoas e Piauí (Foto: Sâmia Menezes, gabinete Sen. Wellington Dias)


Também foi fundamental para o processo regulatório a participação e envolvimento do Poder Legislativo, que instalou em 2011, na Câmara dos Deputados, a Comissão Especial de Combate às Drogas, e no Congresso Nacional, a Frente Parlamentar das Comunidades Terapêuticas.  As atividades desenvolvidas pelos deputados e senadores aceleraram e qualificaram o trabalho relacionado à atualização da regulação sanitária sobre o tema.

 A nova RDC 29 certamente em muito contribuirá para que mais pessoas envolvidas com o Crack e outras drogas possam ser acolhidas, recuperadas e reinseridas na sociedade.


Saiba mais:

Conheça as diferenças entre a antiga RDC 101/2001 e a RDC 29/2011.



Leia abaixo trecho adaptado da Nota Técnica nº 2/2011, da Anvisa, sobre a então proposta de norma aditada como RDC 29/2011:

(...)

A RDC 101/2001, conforme dispõe o seu art. 1º, disciplinou “as exigências mínimas para o funcionamento de serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso ou abuso de substâncias psicoativas, segundo modelo psicossocial”, referidas na Resolução vigente como “Comunidades Terapêuticas”. Como era praxe à época na Anvisa, a Resolução estabeleceu um “Regulamento Técnico”, que foi referido na parte normativa do ato e integrou-a como Anexo.

Ao longo do período em que vige a norma, a realidade de uso e abuso de drogas no País se transformou, fazendo com que as necessidades relacionadas às ações de tratamento e reinserção social de pessoas com transtornos decorrentes dessas práticas mudassem. Assim, temos hoje um contexto de uso e abuso de drogas no País diverso daquele no qual foi elaborada a RDC 101/2001.

O novo contexto fez com que, durante o ano de 2010, a área afeta ao tema na Anvisa (GGTES) iniciasse novo processo de interlocução com outras esferas da Administração Pública Federal para levantar subsídios que culminassem na elaboração e aprovação de novos dispositivos normativos para a revisão da norma aprovada em 2001, há dez anos (cf. Ata de Reunião Comunidades Terapêuticas, no anexo).

Além disso, nos últimos anos a Anvisa tem recebido informações de estados e municípios que conformam um quadro diverso quanto à aplicação da norma, seja do ponto de vista das diferentes interpretações práticas do texto no momento das fiscalizações, seja da realidade mesma das próprias instituições nas regiões do Brasil, com grande variedade de capacidade de atendimento da norma.

Para ilustrar esse fato, vale citar como exemplo o procedimento administrativo em curso, instaurado pela Promotoria de Defesa do Cidadão do Ministério Público do Estado, para apurar os problemas sanitários em instituições abrangidas pela RDC 101/2001, identificados e fiscalizados pela vigilância sanitária de Goiânia. Até o dia 20/5/2011, data na qual foi realizada audiência com a participação da Anvisa, aquela Promotoria pretendia interditar a maior parte das  23 instituições identificadas no município, quase todas clandestinas (cf. “Relatório Preliminar do Programa de Inspeção e Orientação das Comunidades Terapêuticas, Goiânia - Goiás, Brasil” no anexo). Isso é um reflexo do rigor dos requisitos exigidos pela RDC 101/2001, hoje considerados pela Anvisa como excessivos.

A necessidade de revisitação do tema do combate às drogas não se circunscreve, por óbvio, ao campo regulatório da vigilância sanitária, que é responsável por pequena parte do problema. O tema é amplo e deve ser objeto de políticas públicas abrangentes e implementadas de forma intersetorial e federativa, envolvendo atores públicos e privados na sua execução.

As chamadas “comunidades terapêuticas” são exatamente um exemplo do esforço de mobilização social no âmbito privado, muitas vezes ligado a agremiações religiosas que atuam no apoio aos dependentes de drogas – especialmente o Crack – e suas famílias, para combater e reverter situações de vulnerabilidade social.

Exemplo da magnitude da preocupação do Poder Público com o tema é evidenciado na decisão do Parlamento de criar uma comissão especial para tratar exclusivamente do problema das drogas no País.

Somente em 2011, foram criadas no Congresso Nacional a “Comissão Especial destinada a promover estudos e proposições de políticas públicas e de Projetos de Lei destinados a combater e prevenir os efeitos do Crack e de outras drogas ilícitas (CEDROGA)”, da Câmara dos Deputados, e a “Frente Parlamentar das Comunidades Terapêuticas”, que conta com deputados e senadores.

Assim, a Anvisa tem sido chamada a participar das discussões e atividades promovidas pela CEDROGA e Frente Parlamentar, ao tempo em que tem procurado acompanhar as discussões do Ministério da Saúde e da Senad, no campo da formulação da política sobre o tema.

Recentemente, acompanhamos a Audiência Pública realizada em 8/6 na Câmara dos Deputados sobre o tema das comunidades terapêuticas, e integramos, em 9 e 10/6, a comitiva de 26 deputados e 3 senadores durante visita aos estados de Alagoas e Piauí para conhecer as políticas públicas sobre drogas e o funcionamento das comunidades terapêuticas daqueles estados.

Como resultado dessa interlocução, a Agência recebeu em 20/06/2011, das federações representativas das comunidades terapêuticas (fls. 43-55), propostas de alterações no texto da norma em vigor (RDC 101/2001), as quais foram avaliadas e consideradas pela GGTES para a elaboração da primeira proposta.

Além das contribuições das próprias instituições, para elaborar a proposta a Anvisa manteve interlocução permanente com o Ministério da Saúde e outros órgãos do Governo envolvidos com o tema.


Principais questões de mérito modificadas na revisão da RDC 101/2001

Licença Sanitária
Alteração de padrão tipo “estabelecimento de saúde” para “estabelecimento de interesse saúde”

Responsabilidade Técnica
Alteração de profissional “nível superior em saúde ou assistência social” para profissional de “nível superior”

Plano Terapêutico
Mudança de nomenclatura e retirada de exigências que caracterizem intervenção em saúde

Infraestrutura
Retirada de vinculação a normas que prevêem exigências para estabelecimentos de saúde


Além das questões de mérito, procurou-se avançar nas questões formais da norma proposta para promover a clareza e objetividade dos dispositivos, aplicados pelas autoridades sanitárias locais em todo o País, com o fito de evitar as interpretações diversas em diferentes localidades.

(...)

Trecho adaptado da Nota Técnica nº 2/2011, da Anvisa
Elaboração:
Chiara Chaves Cruz da Silva, Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da Gerência-Geral de Serviços de serviços de saúde - GGTES da Anvisa; e
Pedro Ivo Sebba Ramalho, Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária e Assessor da diretora Maria Cecília Martins Brito.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Decreto regulamenta Lei Orgânica da Saúde

Acesso à saúde é ampliado com novo modelo de gestão do SUS

por Secom em 29/06/2011 21:22hs



A gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) será reorganizada para garantir melhoria no acesso à saúde. O decreto nº 7.508, publicado no DOU desta quarta-feira (29), institui mecanismos de controle mais eficazes e instrumentos para que o Ministério da Saúde monitore as ações realizadas na rede pública. A perspectiva é que os serviços oferecidos pelo SUS ganhem em qualidade, proporcionando atendimento mais rápido e eficiente. O decreto institui política permanente de atendimento em rede, com serviços complementares para ampliar os benefícios aos usuários. Um exemplo é a Rede de Atenção ao Câncer de Mama e de Colo de Útero.

Construído a partir de diálogo com os estados, municípios e o Conselho Nacional de Saúde, o decreto regulamenta a Lei Orgânica da Saúde, de 1990. Uma das mudanças é a criação do contrato de ação pública, que definirá as atribuições e responsabilidades, inclusive financeiras, dos municípios, dos estados e do governo federal na prestação de serviços de saúde, o financiamento e as metas para cada ação. Os contratos vão propiciar ao ministério a concessão de estímulos financeiros aos municípios e estados que tiverem bom desempenho nos programas e ações da saúde. 

Assistência regionalizada - O decreto define e consolida o modelo de atenção regional, em que municípios vizinhos deverão se organizar para ofertar atendimento de saúde às suas populações. Cada uma das 419 regiões identificadas deverá ter condições para realizar desde consultas de rotina até tratamentos complexos. Caso não haja capacidade física instalada na região para a execução de determinado procedimento, os gestores da respectiva rede têm de fechar parceria com outras regiões, que atenderão sua demanda. 
Como referência, os gestores terão a Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde do SUS (Renases) e a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vigilância Sanitária: publicada portaria de repasses



Foi publicada hoje a Portaria nº  1.397/2011, do Ministério da Saúde, que estabelece os valores das transferências de recursos financeiros federais para as ações de vigilância sanitária.



MINISTÉRIO DA SAÚDE
GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 1.397, DE 15 DE JUNHO DE 2011

Estabelece para o ano de 2011 os valores das transferências de recursos financeiros federais do Componente de Vigilância Sanitária do Bloco de Financiamento de Vigilância em Saúde destinados à execução das ações de vigilância sanitária e dá outras providências.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Saúde: Emenda 29 será votada

DA AGÊNCIA CÂMARA
14/06/2011 18:53

 

Presidente anuncia acordo para votar Emenda 29, sem nova CPMF

Presidente Marco Maia
Marco Maia quer votar mais recursos para a saúde até 15 de julho.
(Foto: Rodolfo Stuckert)

O presidente da Câmara, Marco Maia, anunciou nesta terça-feira que houve acordo para colocar em votação, ainda neste semestre, o projeto que regulamenta a Emenda 29 e destina mais recursos para a saúde (PLP 306/2008). “Há um acordo entre todos os líderes e a minha proposta é votar até 15 de julho”, disse.

O Plenário já começou a analisar o substitutivo do deputado Pepe Vargas (PT-RS) ao texto, mas a votação não foi concluída porque falta a análise de um destaque apresentado pelo DEM, na tentativa de inviabilizar a criação da Contribuição Social da Saúde (CSS). Segundo o texto atual, o tributo teria os moldes da extinta CPMF, mas Marco Maia garantiu que não haverá criação de imposto.

“Não há nenhuma possibilidade de votação de criação de novos impostos. Vamos votar a redistribuição dos recursos para a saúde sem novo imposto”, disse o presidente. Ele afirma que esse será um dos temas discutidos com a nova ministra da Secretaria de Relação Institucionais, Ideli Salvatti, que visitará a Câmara nesta quarta-feira (15), às 11h30.


* Matéria atualizada às 21h30

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Saúde no Brasil sem Miséria: conheça o Plano


Saúde integra esforço para erradicar miséria até 2014

03/06/2011 , às 11h24
Fonte: Ascom/MS

Setor fortacelerá a atenção básica e o cuidado na escola. Também prevê a ampliação do diagnóstico e prevenção de doenças e ações de saneamento


Cerimônia de Lançamento do Plano Brasil sem Miséria, no Palácio do Planalto
(foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)


A presidenta da República, Dilma Rousseff, lançou na quinta-feira 2/6 um programa que tem a meta de retirar 16,2 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza. O Plano Brasil Sem Miséria envolve um conjunto de ações que agrega transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva.

“Não vamos esperar que os pobres corram atrás do Estado brasileiro. O Estado brasileiro é que deve correr atrás dos pobres”, afirmou Dilma. Para ela, o combate à miséria será uma luta difícil, mas que não pode imobilizar as ações do governo federal. A ação é um passo fundamental para o desenvolvimento do país.

A saúde participará, ainda em 2011, da reforma e construção de 1.219 unidades básicas. Até 2014, vai implementer implantar 697 novas equipes de Saúde da Família, 3.837 agentes comunitários de saúde e 336 novas equipes de Saúde Bucal. Ainda na atenção básica, serão capacitadas 7.500 equipes de Saúde da Família Vinculação ao Programa Saúde na Escola.

Para garantir o bom desempenho escolar, o Projeto Olhar Brasil fará uma triagem de 100% dos alunos matriculados na rede pública de ensino fundamental (1º ao 9º ano) e no programa “Brasil Alfabetizado” do MEC – que engloba a população de 15 a 59 anos de idade – das regiões de extrema pobreza. Os alunos que precisarem terão consultas especializadas de oftalmologia e receberão óculos.

O plano também prevê a implementação de 174 Centros de Especialidades Odontológicas, 1.343 equipes de Saúde Bucal, 146 Unidades Odontológicas Móveis e oferta de 1,3 milhão próteses dentárias. Ainda, a estratégia buscará uma cobertura de 100% dos municípios do mapa do Brasil sem Miséria com uma farmácia/drogaria credenciada ao programa Aqui tem Farmácia Popular.

Na prevenção de doenças e tratamento, a Saúde ampliará o diagnóstico, adesão ao tratamento, prevenção, controle e eliminação das seguintes doenças: tuberculose, hanseníase, tracoma, esquistossomose, helmintíase e malária.

Finalmente, o setor auxiliará no saneamento. O objetivo é atender 53 mil famílias com melhorias sanitárias domiciliares (construção de 20.000 cisternas), saneamento em áreas quilombolas (140 comunidades e 7.000 famílias), saneamento em áreas rurais (atendimento de 370 comunidades e 18.500 famílias), saneamento em áreas indígenas (atendimento de 84 aldeias e 3.000 famílias) e perfuração de poços (construção de 150 poços).




CONFIRA AS AÇÕES RELACIONADAS À SAÚDE 

1. Reforma e Ampliação e construção de Unidades Básicas de Saúde
O que é:
Em 2011, já foram selecionados 1.219 projetos para construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS). Essas unidades serão construídas em municípios de extrema pobreza. Até 2014, estão previstas mais de 25.520 UBS construídas ou ampliadas/reformadas, a partir do levantamento que será realizado por meio do censo de infraestrutura da Atenção Básica. Terão prioridade os municípios do Programa Brasil sem Miséria que ainda não foram contemplados pelos equipamentos.

Como Funciona:
A atenção básica ofertas nas UBSs tem o potencial de atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhar o paciente ao hospital. Trata-se da porta preferencial do Sistema Único de Saúde. A expansão das UBS tem por finalidade descentralizar o atendimento, dar proximidade à população ao acesso aos serviços de saúde e desafogar os hospitais.


2. Expansão das equipes do Programa Saúde da Família
O que é:
Até 2014, Implantar 697 novas equipes de Saúde da Família, 3.837 agentes comunitários de saúde e 336 novas equipes de Saúde Bucal, com recursos próprios já previstos no orçamento, nos municípios do Programa Brasil sem Miséria.

Como Funciona:
A estratégia se baseia em um modelo de atendimento proativo, que investe em ações de promoção, prevenção e reabilitação. As equipes - compostas por médicos, dentistas, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários - atendem os pacientes em suas residências e/ou nas UBS. Essas equipes disponibilizam um elenco variado de ações em saúde, incluindo a prevenção e o tratamento das doenças mais prevalentes e também medidas de promoção à saúde, tendo a educação em saúde como importante foco. O conjunto de ações reduz a ida dos pacientes aos hospitais e evita internações.

3. Programa Saúde nas Escolas
O que é:
Vinculação ao Programa Saúde na Escola de 3.725 equipes da Saúde da Família, em 2011, e de 7.500, até 2014, nos municípios do Programa Brasil sem Miséria.

Como Funciona:
Esse programa é resultado de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação e tem o objetivo de promover a saúde dos alunos brasileiros de escolas públicas. As equipes vinculadas ao PSE desenvolvem ações junto às escolas da sua área de cobertura, promovendo hábitos saudáveis e cultura de paz, prevenção da drogadição e alcoolismo, educação sexual e diagnóstico precoce de problemas de saúde que comprometam o desempenho escolar e o desenvolvimento adequado das crianças e jovens.

4. Brasil Sorridente
O que é:
Em 2011, implementação de 43 Centros de Especialidades Odontológicas (até 2014, 174 novos); 336 equipes de Saúde Bucal (até 2014, 1.343 novas equipes); 100 Unidades Odontológicas Móveis (até 2014 serão 146 UOM); e 338.400 próteses ofertadas (até 2014, 1.354.000 próteses novas = 100% da necessidade da População em Extrema Pobreza do mapa)

Como Funciona:
A ação propõe garantir as ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros, entendendo que esta é fundamental para a saúde geral e qualidade de vida da população.

5. Olhar Brasil
O que é:
O projeto visa identificar problemas visuais em 100% dos alunos matriculados na rede pública de ensino fundamental (1º ao 9º ano) e no programa “Brasil Alfabetizado” do MEC – que engloba a população de 15 a 59 anos de idade. O objetivo é prestar assistência oftalmológica com o fornecimento de óculos nos casos de detecção de erros de refração, propiciando assim, condições de saúde ocular favorável ao aprendizado do público alvo.

Como Funciona:
Ampliação do acesso à consulta oftalmológica no SUS; fornecimento de óculos nos casos de erro de refração; aumento da cobertura e da oferta de oftalmologistas; triagem em 100% dos alunos residentes em municípios do Programa Brasil Sem Miséria com cobertura do Programa Saúde na Escola (PSE). Os alunos residentes em municípios incluídos no Brasil Sem Miséria que não tem a cobertura do PSE serão atendidos por mutirão. A assistência oftalmológica ao idoso não alfabetizado ficará contemplada na rotina assistencial e na Política de Cirurgias Eletivas.

6. Aqui Tem Farmácia Popular
O que é:
Cobertura de 100% dos municípios do mapa do Brasil sem Miséria com uma farmácia/drogaria do programa Aqui tem Farmácia Popular (431 municípios contemplados, em 2011, e outros 1.296, até 2014)

Como Funciona:
Oferece medicamentos gratuitos para diabetes e hipertensão e outros com 90% de desconto para asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, dislipidemia, fraldas geriátricas e ontraceptivos.

7. Combate às doenças endêmicas da extrema pobreza
O que é:
Ampliação do diagnóstico, adesão ao tratamento, prevenção, controle e eliminação das seguintes doenças: tuberculose, hanseníase, tracoma, esquistossomose, helmintíase e malária.

Como Funciona:
Estão previstas ações como: 1) A partir da condicionalidade ao Bolsa Família e ao Programa Saúde na Escola, avaliar a população para diagnóstico precoce dessas doenças; 2) Ampliação do benefício pago pelo Bolsa Família às famílias com membros que estejam em tratamento para tuberculose e hanseníase e manutenção do benefício por mais 6 meses após cura comprovada; 3) Administração de tratamento em massa para esquistossomose e helmintíase para crianças em idade escolar nas áreas de alta prevalência dessas duas doenças; 4) Distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração para o controle da malária e 5) Ampliação do diagnóstico e tratamento da malária em áreas remotas a partir da montagem de unidades volantes e integração com ESF e EACS .

8. Saneamento básico
O que é:
O objetivo é atender 53 mil famílias com melhorias sanitárias domiciliares (construção de 20.000 cisternas), saneamento em áreas quilombolas (140 comunidades e 7.000 famílias), saneamento em áreas rurais (atendimento de 370 comunidades e 18.500 famílias), saneamento em áreas indígenas (atendimento de 84 aldeias e 3.000 famílias) e perfuração de poços (construção de 150 poços).

Como Funciona:
Acesso á água e esgoto para população das regiões mais vulneráveis do país, a partir da seleção do PAC 2